Descubra a História
Melgaço é um daqueles lugares que nos ficam guardados na memória. Pelas paisagens, pelas gentes de alma e coração, pelos sabores genuínos e únicos.
Aqui há natureza, cultura, história e património. Há saberes e tradições preservadas no tempo e no espaço. Dos monumentos megalíticos aos vestígios do domínio romano, é possível encontrar vários atrativos que nos transportam para um universo de descoberta único: as pontes que guardam mistérios e lendas, as aldeias que salpicam a paisagem, as linhas de água cristalina, a riqueza da fauna e da flora, os percursos pedestres e muito mais.
A história milenar de Melgaço proporciona uma riqueza de tradições, estórias, lendas e testemunhos de vivências passadas.
Pré-História e Império Romano
Um território com ocupação humana milenar
É no planalto de Castro Laboreiro que se encontra uma das maiores e mais importantes necrópoles megalíticas da Península Ibérica, datada do Neolítico à Idade do Bronze. É também aqui que se encontram as Gravuras Rupestres do Fieiral, um testemunho que chega do período do Bronze Final e da Idade do Ferro.
Também é possível vislumbrar vestígios do império Romano em Melgaço como a Ponte da Cava da Velha ou a Ponte das Cainheiras.
História Medieval
Património Medieval
A fortaleza medieval de Melgaço, mandada edificar por D. Afonso Henriques, situada no centro da Vila, foi o principal ponto estratégico militar do Alto Minho no século XII. Volvidos oitocentos anos ainda é possível visitar testemunhos dessa época, entre os quais se destacam os castelos de Melgaço e Castro Laboreiro, a Igreja Matriz de Melgaço e a Igreja Românica de Paderne ou o mosteiro de Fiães.
De casa às costas
Descubra as Brandas e as Inverneiras
Em Melgaço, as aldeias típicas conservam a história milenar no tempo e no espaço. Através de um pequeno passeio é possível conhecer de perto as poucas famílias nómadas que se mudam entre brandas – aldeias que estão em terras elevadas e soalheiras e mais adequadas para o tempo quente – e as inverneiras – povoações que estão em vales abrigados e que lhes permitem protegerem-se dos rigores atmosféricos do inverno na montanha.
Um sistema de ocupação único no mundo
Quer saber mais sobre esta realidade tão envolvente, visite o Núcleo Museológico de Castro Laboreiro e a Porta Nacional da Peneda-Gerês em Lamas de Mouro.
Na rota da transumância
Na zona mais montanhosa de Melgaço, as povoações que ao longo dos anos aqui se foram fixando, desde sempre, procuraram uma gestão mais eficaz e sustentada dos seus recursos naturais, recorrendo aos locais mais altos e frescos no verão que constituíam um grande apoio à pastorícia e agricultura (brandas). Os pastores, também chamados de brandeiros, efetuavam aquilo que se designa de transumância, que é a deslocação sazonal dos seus animais, acompanhando-os até às zonas mais altas à procura de pasto fresco e águas cristalinas e libertando os terrenos mais baixos para o cultivo agrícola.
Terra de fronteira: emigração e contrabando
É em Cevide que se encontra o Marco de Fronteira nº1 PT/ES. O local transporta-nos para os tempos da emigração ilegal e do contrabando nos anos 60 a 80 do século XX. É também possível visitar, na Vila de Melgaço, o Espaço Memória e Fronteira construído em memória de um passado recente e que permite reviver e perpetuar as histórias de clandestinidade vividas na fronteira e que fazem parte da identidade cultural de Melgaço.