Melgaço, a região mais setentrional de Portugal, convida também a uma viagem pelo misticismo e segredos da vila através das histórias e lendas que ajudam a ilustrar o espírito de resistência e resiliência dos melgacences.
Alumiada a São Tomé
A tradição de alumiar a São Tomé perde-se no tempo na história de alguns dos mais pitorescos lugares da Freguesia de Penso.
É uma tradição única, que se tem mantido ao longo de gerações!
Castro Laboreiro, Lugares fixos, Brandas, Inverneiras
Durante vários séculos, os habitantes de Melgaço utilizaram dois tipos de habitação provisória: as aldeias Brandas e as aldeias Inverneiras. Para encontrar comida para os animais e garantir a sobrevivência humana, as pessoas mudavam de alojamento, consoante as necessidades da estação. Assim, as Inverneiras eram ocupadas durante o inverno, enquanto as Brandas eram habitadas nos restantes meses.
Farrangalheiros (Castro Laboreiro)
O Entroido de Castro Laboreiro foi uma das festas mais participativas da freguesia com bailes e mascarados em muitos lugares. As danças decorriam na eira do lugar. Tiros, bombas e até foguetes anunciavam a festa. A figura do Entroido crastejo é o Farrangalheiro que nesses dias percorriam os bailes, andavam nos caminhos e pelas casas.
Tradição da pesca nas pesqueiras do rio Minho
Estas construções quase milenares (século XI) são importantes bens culturais, integrantes do património paisagístico de Melgaço. Eles testemunham o conhecimento ancestral na arte da pesca da lampreia. O arroz de lampreia é um dos pratos mais típicos de Melgaço.
Mulheres castrejas “viúvas de vivos”
Em tempos longínquos, a mulher castreja que tinha o marido longe, num país estrangeiro, vestia-se de negro para exprimir simultaneamente a dor de uma ausência e o voto de guardar fidelidade ao companheiro distante. A vida destas viúvas e da mulher, em geral, dependente de um parente emigrante, não se modificava com a emigração do chefe de família.