Trilhos
Descubra Melgaço a palmilhar. Embarque na aventura e descubra os seus segredos mais bem guardados. São 15 trilhos que atravessam a beleza natural e cultural do concelho.
Uma rede com mais de 170 km que vão desde os conhecidos Parque Nacional da Peneda-Gerês e Rio Minho, mas que atravessam também aldeias ainda por explorar. Uma forma especial de conhecer o destino de natureza mais radical de Portugal e destino turístico sustentável certificado pela earthcheck.
Trata-se de um percurso linear de cerca de 16 Km. Inicia na aldeia de Lamas de Mouro, junto às Alminhas do “Carvalho” (A), como são denominadas pelos locais, um património artístico e religioso vernacular. Portugal é o único país do mundo que as possui no seu património cultural, embora na zona Norte sejam muito mais comuns. Localizadas habitualmente à beira de caminhos rurais e em encruzilhadas, são representações populares das almas do Purgatório que suplicam rezas e esmolas pelas almas dos defuntos em geral, portanto, simbolizam um possível culto aos mortos.
Ao trilhar os caminhos da aldeia e do mosaico agrícola envolvente, delimitado por velhos muros de pedra solta, segue-se num caminho de terra batida, envolto em matos baixos, que leva até às ruínas de uma antiga casa de Guarda Florestal. Nesta área, acresce o valor simbólico de se percorrer um caminho conhecido como “caminho dos Mortos” (B). Este nome advém do facto de que, antes da construção das novas vias rodoviárias, os funerais, de alguns lugares mais distantes, até à igreja paroquial, se fazerem por este caminho. Os finados eram transportados em carros de bois, demorando horas até chegar à Igreja Paroquial.
Fazendo um pequeno desvio do percurso marcado, é possível encontrar um dos pontos de referência da Rota dos Mosteiros do Alto Minho, o Mosteiro de Fiães (C). Com a extinção das ordens religiosas em 1834, o mosteiro tem então a comunidade reduzida a dois monges, tendo ainda um terceiro religioso, mas a viver com os seus familiares por ter uma doença contagiosa. O mosteiro sofreu várias campanhas de restauro, que não alteraram significativamente a estrutura, que manteve, à vista, a maioria dos seus elementos medievais. A Igreja de Fiães bem como os elementos que restam do antigo mosteiro estão classificados como Monumento Nacional.
A partir daqui o caminho descendente leva-nos ao lugar de Cevide, o ponto mais a Norte de Portugal. É nesta aldeia onde podemos visitar o marco de fronteira n.º 1 com Espanha (B) e dar um saltinho ao país vizinho percorrendo o novo passadiço ou a caneja do contrabando.
Fauna: Vaca-loura (Lucanus cervus), Gineta (Genetta genetta), Fuinha (Martes foina)
Flora: Escambrão (Pyrus cordata), Violeta-dente-de-cão (Erythronium dens-canis), Anémona-dos-bosques (Anemone trifolia)
Ponto de partida: Lamas de Mouro 42°03’04.0″N 8°11’58.3″W
Ponto de chegada: Cevide 42°03’04.0″N 8°11’58.3″W
Distância: 15,8 Km – Linear
Duração a pé: 05h30
Duração a cavalo: 02h15
Duração de bicicleta: 01h20
Dificuldade: IV – difícil
Altitude Máxima: 1062m
Altitude Mínima: 77m
Desnível positivo acumulado: 1122m
O percurso inicia na vila de Castro Laboreiro, no cruzamento da Igreja (junto ao painel informativo). A partir daqui percorre-se um caminho suave, seguindo sensivelmente à mesma cota, proporcionando alguma amplitude de observação.
Ao direcionar o ângulo de visão para o nosso lado esquerdo, fixando o horizonte, na encosta da serra da Peneda, afigura-se uma importante formação rochosa, resultado da meteorização granítica, o Casttle koppie (A) – forma particular de inselberg (“monte-ilha”), acastelada com fraturas ortogonais e verticais dominantes. Dos melhores exemplos de geoformas graníticas de maior dimensão do Parque Nacional da Peneda-Gerês, portanto, um elemento a considerar na interpretação do património geológico desta região.
Pouco depois cruza-se o ribeiro do Porto Seco, a velha Ponte das Veigas (B) e chega-se à área de lazer com o mesmo nome. Trata-se de um espaço amplo com um parque de merendas, vários bancos e mesas em madeira, além de um parque infantil e de um polidesportivo. Um pouco antes do lugar do Vido emerge a colina que nos leva a uma subida gradual dos 1000 para os 1100 metros de altitude. Ao atingir o ponto mais alto (aprox. 1100 metros), pode desfrutar-se de um bosque com pinheiros silvestres e vidoeiros (C), um importante local de abrigo para várias espécies faunísticas.
Logo depois do bosque, o percurso orienta-se para norte, ladeando uma pequena zona húmida (complexo higroturfoso) (D). Poucos metros depois inicia-se uma descida acentuada, por entre matos e afloramentos rochosos, até à Porta de Lamas de Mouro, um espaço turístico informativo e interpretativo sobre o Parque Nacional.
Fauna:Gralha-de-bico-vermelho (Pyrrhocorax pyrrhocorax), Rã-de-focinho-pontiagudo (Discoglossus galganoi), Lobo-ibérico (Canis lupus signatus)
Flora: Campânula (Campanula lusitânica), Malva (Malva tournefortiana), Pinheiro silvestre (Pinus sylvestris)
Ponto de partida: Castro Laboreiro 42°01’49.9″N 8°09’33.6″W
Ponto de chegada: Lamas de Mouro (Porta PNPG) 42°02’20.7″N 8°11’45.0″W
Distância: 6,5 Km – Linear
Duração a pé: 02h45
Duração a cavalo: —
Duração de bicicleta: —
Dificuldade: III – algo fácil
Altitude Máxima: 1095m
Altitude Mínima: 869m
Desnível positivo acumulado: 322m
O “Trilho Castrejo” inicia na vila de Castro Laboreiro, no cruzamento da Igreja (junto ao painel informativo). Desenvolve-se pelos antigos caminhos que remontam à idade média dos quais restam algumas antigas pedras de calçada e pontes de arco que ligavam as Brandas às Inverneiras.
Estes núcleos populacionais constituem uma forma única de ocupação do território. As brandas são aldeias que estão em terras elevadas e soalheiras, mais adequadas para o tempo quente; e as Inverneiras constituem povoações que estão em vales abrigados e que permitiam aos Castrejos protegerem-se dos rigores atmosféricos do inverno na montanha. São caminhos repletos de história e de uma riqueza natural deslumbrante. Umas vezes cruzam-se frondosos bosques de carvalho; outras vezes matos rasteiros e floridos e, ainda, galerias ripícolas biodiversas. Percorre-se um território em que a ocupação humana se fez em estreita harmonia com o meio, o que modernamente se designa por “desenvolvimento sustentável”, mas que há muito é a forma de ser e de estar das populações castrejas na sua relação com a Montanha e a Natureza.
Destaca-se um importante património cultural do qual é bom exemplo a ponte da Cava da Velha (B) (Monumento Nacional), o moinho, ponte e Capela de S. Braz. Junto desta última o moinho de água, utilizado no passado de forma engenhosa para moer os cereais, enriquecem ainda mais a paisagem. Ainda merecedora de atenção é a formação geológica designada “Bico de Patelo” (C). Os afloramentos graníticos constituem, também, uma imagem forte desta paisagem de montanha.
Fauna: Cabra montesa (Capra Pyrenaica), Melro d’água (Cinclus cinclus), Lagartixa-do-mato (Psammodromus algirus)
Flora: Medronheiro (Arbutus unedo), Madressilva (Lonicera periclymenum), Raiz divina (Armeria humilis)
Ponto de partida: Vila – Castro Laboreiro 42°01’49.9″N 8°09’33.6″W
Ponto de chegada: Vila – Castro Laboreiro 42°01’49.9″N 8°09’33.6″W
Distância: 16,7 Km – Circular
Duração a pé: 06h00
Duração a cavalo: —
Duração de bicicleta: —
Dificuldade: IV – difícil
Altitude Máxima: 1119m
Altitude Mínima: 749m
Desnível positivo acumulado: 839m
Este percurso inicia na vila de Castro Laboreiro, no cruzamento da Igreja (junto ao painel informativo) e segue em direção à Igreja Matriz (A). Junto à Igreja Paroquial (embora este não seja o local de implantação original), podemos observar o pelourinho (B), mandado erguer em 1560, que coincide com a atribuição do novo foral a Castro Laboreiro.
Por um antigo caminho, ladeado por um importante carvalhal, a subida é em direção à Branda da Portela, localizada às portas do emblemático planalto de Castro Laboreiro. Por este caminho transitavam o gado e as gentes, entre o planalto e o vale (ocupado nos meses mais frios e rigorosos do inverno). Um modo de vida que reflete uma vida austera, mas eficiente na gestão dos recursos naturais.
Ao atingir o ponto mais elevado do percurso (1.100m de altitude) um miradouro natural floresce no meio dos blocos de granito (C). Permite apreciar o vale do rio Laboreiro, os cumes afiados da serra da Peneda e o castelo de Castro Laboreiro, de estilo roqueiro, época medieval, atualmente classificado como Monumento Nacional e primeira fortaleza da raia seca do Alto Minho. Este são os “ingredientes” que tornam este um dos cenários mais belos deste trilho.
A descida até ao vale permite vislumbrar novas paisagens, como quando se estende o olhar sobre os muros e se veem os belíssimos prados de lima. No inverno o prado é limado – escorre permanentemente sobre ele um fino lençol de água com o objetivo de manter a temperatura acima do 0º C, evitando deste modo a formação de geada que queimaria a erva. Segue-se até às Veigas (D) onde surge a oportunidade de vaguear pela história através da ponte da Veigas. Pouco depois conclui-se o percurso junto ao ponto de partida.
Fauna: Lagarto-de-água (Lacerta schreiberi), Pisco-peito-ruivo (Erithacus rubecula), Texugo (Meles meles)
Flora: Carvalho negral (Quercus pyrenaica), Saxífraga espatulada (Saxifraga spathularis), Martagão (Lilium martagon)
Ponto de partida: Vila – Castro Laboreiro 42°01’49.9″N 8°09’33.6″W
Ponto de chegada: Vila – Castro Laboreiro 42°01’49.9″N 8°09’33.6″W
Distância: 5,2 Km – Circular
Duração a pé: 02h00
Duração a cavalo: —
Duração de bicicleta: —
Dificuldade: II – fácil
Altitude Máxima: 1096m
Altitude Mínima: 934m
Desnível positivo acumulado: 223m
Este percurso desenvolve-se a partir da vila de Castro Laboreiro em direção à Branda do Rodeiro. Um percurso que permite “viajar” pelo planalto castrejo, um território que guarda, até hoje, marcantes vestígios do passado.
Ao embrenhar-se no planalto que se desenvolve na serra do Laboreiro até à chamada “raia seca”, linha de fronteira com a Galiza, encontra-se um espaço sagrado pré-histórico testemunhado na paisagem pelos dólmenes ou antas que se encontram agrupados em núcleos relativamente restritos, formando uma grande Necrópole, o que indica a importância coletiva e simbólica deste lugar. A Necrópole Megalítica data do Neolítico Médio/ Final até à Idade do Bronze e é uma das maiores e mais importantes da Península Ibérica. Os restantes monumentos espalham-se por uma área de cerca de 50 km2, a uma altitude superior a 1100 metros e, graças a esta localização, apresentam-se em boas condições de conservação. A maior parte das mamoas conserva ainda o dólmen megalítico. O núcleo do Alto da Portela do Pau (A) é o único desta extensa área que foi objeto de investigação arqueológica. Fruto da intervenção, um dos monumentos foi parcialmente reconstituído para visitação. Uma particularidade são os motivos gravados e ténues vestígios de pintura nos esteios ainda visíveis. O monumento com maior destaque neste local é a Mota Grande, sendo esta a maior mamoa do planalto, já em território galego.
Este património cultural convive harmoniosamente com um outro tesouro do património natural, as Turfeiras Atlânticas (B) que só podem ser encontradas em zonas de montanha acima dos 800 metros e em zonas encharcadas. Outrora abundantes, hoje, são um habitat raro em Portugal, mas com enorme importância ecológica. O Percurso prolonga-se até outras Brandas e passa já por algumas inverneiras, para encontrar o caminho de regresso ao ponto de partida.
Fauna: Tartaranhão caçador (Circus pygargus), Cartaxo Nortenho (Saxicola rubetra), Lobo Ibérico (Canis lupus signatus)
Flora: Bolas-de-algodão (Eriophorum Angustifolium), Orvalhinha (Drosera rotundifólia), Erva-Loira-de-Melgaço (Senecio legionensis)
Ponto de partida: Vila – Castro Laboreiro 42°01’49.9″N 8°09’33.6″W
Ponto de chegada: Vila – Castro Laboreiro 42°01’49.9″N 8°09’33.6″W
Distância: 25,7 Km – Circular
Duração a pé: 07h30
Duração a cavalo: 02h30
Duração de bicicleta: 03h15
Dificuldade: IV – difícil
Altitude Máxima: 1274m
Altitude Mínima: 884m
Desnível positivo acumulado: 682m
Este trilho permite um agradável percurso pelo Rio Laboreiro, que nasce no planalto castrejo, na vertente oeste da Serra do Laboreiro, junto à fronteira galega, atravessando todo o território. Ao infletir para sul, o rio marca os limites entre as serras da Peneda e do Laboreiro.
No seu troço final, de cerca de 14 Km, marca a fronteira entre Portugal e Espanha e desagua no Rio Lima. O Percurso inicia na Vila de Castro Laboreiro, pouco depois chega-se ao Núcleo Museológico e, logo de seguida, a um Miradouro (A) natural que permite uma vista panorâmica das cascatas do Laboreiro e da ponte velha da Vila. Esta queda de água atravessa neste local serrano um acentuado desnível e precipita-se do cimo de altas fragas rochosas.
Envolvido nesta panorâmica podem, ainda, ser apreciados os antigos moinhos de água utilizados no passado para moer o centeio, matéria-prima essencial para a confeção do Pão Centeio, o famoso Pão Castrejo. Serpenteando serra abaixo, as suas margens são ligadas por pontes que várias civilizações foram construindo ao longo dos tempos e aqui permanecem. Na reta final do percurso surge a oportunidade de cruzar a Ponte de Varziela (C). Das numerosas pontes históricas que se conservam, a da Varziela é a que apresenta maiores vestígios de ter sido executada no período medieval. No entanto, alguns autores apontam a reformulação medieval de antigas pontes romanas, que seria o que sucedeu também com esta Ponte.
Estes são alguns exemplos das inesgotáveis oportunidades que o Rio Laboreiro oferece. Em toda a sua extensão apresenta piscinas naturais límpidas rodeadas de penhascos gigantes, cascatas de cortar a respiração, ingredientes perfeitos para a prática do Canyoning (D), uma atividade recreativa de exploração que nos permite visitar e percorrer os recantos mais belos e escondidos deste rio de montanha.
Fauna: Lontra (lutra lutra), Toupeira-de-água (Galemys pyrenaicus), Truta-do-rio (salmo truta fario)
Flora: Amieiro (Alnus glutinosa), Erva-loira-dos-bosques (Senecio nemorensis), Urze-branca (Erica arbórea)
Ponto de partida: Vila – Castro Laboreiro 42°01’49.9″N 8°09’33.6″W
Ponto de chegada: Vila – Castro Laboreiro 42°01’49.9″N 8°09’33.6″W
Distância: 8,1 Km – Circular
Duração a pé: 04h00
Duração a cavalo: —
Duração de bicicleta: —
Dificuldade: V – muito difícil
Altitude Máxima: 980m
Altitude Mínima: 789m
Desnível positivo acumulado: 486m
Ao percorrer os recantos deste trilho desenha-se a possibilidade de conhecer o Vale das Inverneiras. O Rio Laboreiro, ao infletir para sul, escava um vale de importância vital para a sobrevivência dos habitantes deste território.
Aqui, em locais mais profundos e abrigados, encontram-se as inverneiras, pequenos núcleos populacionais constituídos na sua essência por construções austeras, que serviam de contraponto às brandas (as suas equivalentes estivais localizadas no planalto), permitindo às famílias e aos respetivos animais um porto de abrigo durante os rigorosos meses de inverno (do Natal até à Páscoa). Na inverneira da Ameijoeira, localizada mesmo junto à fronteira com Galiza, perto da capela em honra do Senhor da Boa Morte, inicia este percurso. A poucos metros de distância encontra-se o famoso poço do Contador (A), um dos melhores locais da região para dar um mergulho. Sempre com bastante caudal de água e com muita exposição solar. Daqui o caminho segue até à inverneira do Bago e leva à Ponte Cava da Velha, na Assureira. A ponte, também conhecida como Ponte Nova, foi originalmente construída por volta do século I e mais tarde, na época medieval, foi adaptada, sendo transformada numa ponte com tabuleiro em cavalete e dois arcos. Desde 1986 é classificada como Monumento Nacional. Continuando a descer chega-se ao emblemático
Aqueduto de Pontes (B), com cerca de 60 metros de comprimento, destinava-se à rega dos campos da aldeia com o mesmo nome que se situa a 500 metros. A aldeia de Pontes (C), fruto do êxodo rural e do desaparecimento deste modo de vida de montanha, ficou ao abandono. Hoje, fruto de um projeto de reconstrução, as suas velhas casas transformaram-se para acolher todos aqueles que queiram apreciar a riqueza do património cultural local (D) e aproveitar para descansar e disfrutar da calma em harmonia com a natureza. Daqui o caminho segue até ao ponto onde iniciou.
Fauna: Dom-fafe (Pyrrhula pyrrhula), Falcão-peregrino (Falco peregrinus), Lagartixa- -ibérica (Podarcis hispanica)
Flora: Uva-do-monte (Vaccinium myrtillus), Nosilhas (Romulea bulbocodium), Freixos-de- -folha estreita (Fraxinus angustifolia)
Ponto de partida: Ameijoeira – Castro Laboreiro 41°59’06.2″N 8°09’30.1″W
Ponto de chegada: Ameijoeira – Castro Laboreiro 41°59’06.2″N 8°09’30.1″W
Distância: 8,1 Km – Circular
Duração a pé: 03h30
Duração a cavalo: —
Duração de bicicleta: —
Dificuldade: II – fácil
Altitude Máxima: 830m
Altitude Mínima: 714m
Desnível positivo acumulado: 296m
Percurso Lamas de Mouro – Dorna inicia junto à Porta PNPG de Lamas de Mouro e termina na Inverneira de Dorna em Castro Laboreiro. Com cerca de 12 Km permite apreciar valores naturais, culturais, geológicos e paisagísticos, sobressaindo o grande interesse natural de todo o percurso.
Inicialmente, a caminhada desenvolve-se junto ao Rio Mouro, em direção à sua nascente. Do lado esquerdo, pode-se apreciar toda a riqueza da galeria ripícola do rio; do lado direito, no topo da vertente, surge um afloramento de rochas graníticas. Fruto de um eventual desprendimento destas rochas podem ser vistos vários blocos graníticos de grande dimensão, depositados isoladamente no fundo do vale. Ao subir por um antigo caminho de pedra que ligava Lamas de Mouro à Peneda surge a Portela do Lagarto (A).
Olhando em frente, um afloramento granítico que se destaca e que se assemelha a um lagarto, uma figura que resultada alteração e erosão da rocha granítica. Junto à berma da estrada encontram-se as Alminhas do Lagarto, património religioso vernacular. Ao descer e atravessar o frondoso carvalhal, a presença de uma elevada cobertura de líquenes a cobrir os troncos dos carvalhos indica uma poluição atmosférica muito reduzida e a elevada cobertura de musgos demonstra a humidade do local.
A partir daqui, inicia-se uma nova subida que levará a um local aplanado, a Chã da Matança (B). Um prado a grande altitude, com uma vegetação típica de lameiros, muito utilizado pelo gado bovino e equino. Ao deixar a chã, a descida da serra da Peneda conduz-nos ao vale do Rio Laboreiro, onde se localizam as Inverneiras. Na inverneira de Dorna um derradeiro ponto merce destaque, a Ponte de Dorna(C). Na época romana, a zona era atravessada por uma estrada que ligava a Portela do Homem à Terra-Chã, Mareco e Castro Laboreiro.
Fauna: Picanço-de-dorso-ruivo (Lanius collurio), Açor (Accipiter gentilis), Salamandra lusitânica (Chioglossa lusitanica)
Flora: Lírio-do-Gerês (Iris boissieri), Gencianadas-turfeiras (Gentiana pneumonanthe), Azevinho (Ilex aquifolium)
Ponto de partida: Porta PNPG – Lamas de Mouro 42°02’20.7″N 8°11’45.0″W
Ponto de chegada: Dorna – Castro Laboreiro 41°59’34.9″N 8°09’42.2″W
Distância: 11,9 Km – Linear
Duração a pé: 06h00
Duração a cavalo: —
Duração de bicicleta: —
Dificuldade: IV – difícil
Altitude Máxima: 1080m
Altitude Mínima: 745m
Desnível positivo acumulado: 607m
O Trilho Interpretativo inicia e termina junto à Porta de Lamas de Mouro, uma das entradas no Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG). Aproveite para visitar este espaço vocacionado para a receção, recreio, informação e educação ambiental dos visitantes do PNPG. Exposições e diversas aplicações interativas, com uma forte componente visual e sonora, permitem “viajar” à descoberta do território.
Iniciada a caminhada atravessa-se uma pequena área florestal e, ao mesmo tempo, existe a possibilidade de apreciar a linha de água do rio Mouro. O percurso desenvolve-se em direção à aldeia de Lamas de Mouro permitindo uma interpretação não só do património natural envolvente, mas também de toda uma tradição cultural associada à vida de montanha. A origem desta aldeia remonta à idade média. O lugarejo foi surgindo em redor do carinhoso templo religioso (D) de que antigamente funcionava como batistério das aldeias vizinhas. Resistem outros testemunhos que evidenciam a vivência comunitária do povo materializados na pitoresca ponte do Porto-Ribeiro, o antigo Relógio de sol (B), o Moinho (A) e o Forno Comunitário (C). Todos construídos de granito tosco.
Na última etapa do percurso surge a possibilidade de apreciar uma paisagem onde se destacam áreas cobertas por vegetação rasteira tendo a serra da Peneda como pano de fundo. Um percurso pequeno, mas que permite uma visão muito abrangente de diferentes habitats (floresta, galeria ripícola, zona montanhosa e matos baixos) o que reflete a sua importante riqueza paisagística e natural.
Fauna: O Gaio (Garrulus glandarios), Esquilo-vermelho (Sciurus vulgaris), Trepadeira-azul (Sitta europaea)
Flora: Fel-da-terra-rastejante (Centaurium portense), Dedaleira (Digitalis purpurea), Carvalho alvarinho (quercus robur)
Ponto de partida: Porta PNPG – Lamas de Mouro 42°02’20.7″N 8°11’45.0″W
Ponto de chegada: Dorna – Castro Laboreiro 41°59’34.9″N 8°09’42.2″W
Distância: 4,4 Km – Circular
Duração a pé: 02h00
Duração a cavalo: —
Duração de bicicleta: —
Dificuldade: II – fácil
Altitude Máxima: 940m
Altitude Mínima: 864m
Desnível positivo acumulado: 135m
Este trilho desenvolve-se desde Lamas de Mouro até Parada do Monte. É um percurso que acompanha, em alguns pontos, o curso do Rio Mouro, afluente do rio Minho e que modela marcadamente a configuração do terreno.
O trajeto da linha de água está pré-definido pela direção das principais fraturas que afetam o maciço granítico. Pouco depois de passar junto às ruínas do antigo Canil do Cão de Castro Laboreiro, cruza-se a estrada asfaltada, e segue-se o caminho de terra que leva até bem perto da margem esquerda do rio Mouro. A escassos metros atravessa-se a ponte da Medoira (A), em Porto-Travassos, sobre o rio com o mesmo nome, conduzindo ao território das Brandas de Travassos (a cerca de 1,2km do trilho) e Fitoiro, localizadas a 950 e 900 metros de altitude, respetivamente. Estas brandas eram utilizadas no verão (junho-agosto) para pastagem dos gados, por falta de alimento na aldeia, uma vez que os campos eram cultivados na sua totalidade. Ambas contam a história das gentes de Parada do Monte e sobre a forma como se organizaram, em comunidade, adaptando-se ao meio, assentando o seu modelo de subsistência na agropecuária.
Ao cruzar a Branda do Fitoiro (B) segue-se o caminho em terra batida, com um pequeno desvio pela antiga calçada, até ao lugar de Cortegada. Escassos metros de asfalto percorrido, vira-se à direita até junto da levada de água, uma estrutura vital para a condução de águas para rega. A água tanto é aproveitada no inverno, como rega de lima, evitando os estragos causados pelas fortes geadas e baixas temperaturas nos lameiros onde se cultivavam as ervas para fenar, como entre o junho e outubro na rega dos campos de milho ou para fazer mover os moinhos.
No final da levada da Abelheira (C) o caminho segue até à aldeia de Parada do Monte e termina junto Alminhas de S. Jerónimo (D) que são as mais emblemáticas da freguesia. Estão cravadas numa espécie de altar acoplado à parede de uma habitação e foi executada em granito esculpido, da autoria do mestre Manuel José Gomes (S. Paio, Melgaço, 1825-1901), mais conhecido na época como o “Mestre do Regueiro”.
Fauna: Corço (Capreolus capreolus), Poupa (Upupa epops), Milhafre (Milvus migrans)
Flora: Castanheiro (Castanea sativa), Gilbardeira (Ruscus aculeatus), Feto-real (Osmunda regalis)
Ponto de partida: Porta PNPG – Lamas de Mouro 42°02’20.7″N 8°11’45.0″W
Ponto de chegada: Parada do Monte 42°03’34.7″N 8°18’10.0″W
Distância: 9,3 Km – Linear
Duração a pé: 04h00
Duração a cavalo: —
Duração de bicicleta: —
Dificuldade: III – algo fácil
Altitude Máxima: 890m
Altitude Mínima: 565m
Desnível positivo acumulado: 249m
Os rios são um dos traços mais marcantes das nossas paisagens. Este trilho, que tem início junto à antiga escola primária de Cousso, desenvolve-se ao longo do vale do Rio Mouro, atravessando as aldeias de Cousso, Gave e Parada do Monte.
O Rio Mouro nasce na localidade de Lamas de Mouro, percorre cerca de 30 quilómetros até desaguar na margem esquerda do Rio Minho, na localidade de Ponte de Mouro, concelho de Monção. No seu trajeto, propicia um contacto interessante com um rico e vasto património natural e paisagístico, sustentado em águas cristalinas, límpidas e refrescantes e pontuado por locais paradisíacos que apelam à contemplação e ao descanso. Seguindo as orientações, a descida permite chegar mais próximo das margens do rio, onde se destaca toda a riqueza da sua vasta galeria ripícola e uma grande biodiversidade. Ao longo do seu percurso, o Rio Mouro, forma um Vale (A), talhado maioritariamente sobre solos graníticos, com encostas de acentuadas pendentes, humanizadas desde a sua base até ao topo. A sua importância, desde tempos recuados, no auxílio à subsistência das populações é atestada na humanização dos solos das aldeias que nele se aninham e que possuem um impressionante conjunto de socalcos (C). Os socalcos agrícolas são estruturas que contrariam a natureza dos declives e permitem ao homem desenvolver as atividades agrícolas nos locais mais inóspitos. Surgem a eles associados as culturas do milho, a vinha (ramada) e uma intensa policultura de hortícolas variadas.
A valorização e preservação destas paisagens é essencial para a prevenção de riscos naturais. Já em Parada do Monte, não deixe de recuperar energias junto à Capela da Sra. da Vista e Sr. dos Aflitos, também conhecida por minhoteira (D) onde pode desfrutar de um local tranquilo com contacto direto com o rio e onde o som da água e a sombra fresca convidam a momentos de relaxamento e a retemperar forças. Depois de atravessada a ponte pedonal da Minhoteira, o trilho leva-o de regresso ao ponto de partida através de dois passadiços de visita obrigatória.
Fauna: Truta-do-rio (Salmo truta), Lagarto-de- -água (Lacerta schreiberi), Rã-ibérica (Rana iberica)
Flora: Salgueiro negro (Salix atrocinerea), Feto-pente (Blechnum spicant), Sabugueiro (Sambucus nigra)
Ponto de partida: Cousso 42°03’34.7″N 8°18’10.0″W
Ponto de chegada: Cousso 42°03’34.7″N 8°18’10.0″W
Distância: 18,4 Km – Circular
Duração a pé: 06h30
Duração a cavalo: —
Duração de bicicleta: —
Dificuldade: V – muito difícil
Altitude Máxima: 664m
Altitude Mínima: 279m
Desnível positivo acumulado: 1004m
O Trilho do Brandeiro localiza-se no extremo norte da Serra da Peneda. Envolve parte do território das freguesias da Gave e Parada do Monte, duas aldeias com forte tradição de transumância (deslocamento sazonal de animais para locais que oferecem melhores condições durante uma parte do ano).
O Brandeiro (designação dada ao pastor) subia com os seus animais, deixando os terrenos situados a altitudes mais baixas disponíveis para o cultivo do milho e do feijão. O percurso inicia na Branda da Aveleira (A), junto a um pequeno e aprazível lago e segue depois, pela direita (sentido preferencial), em direção a Mourim. Depois de atravessar a estrada asfaltada, percorre-se a chã do Alto do Corisco (que dá nome ao que foi, à data da sua construção, o maior subparque eólico do Minho) de onde se podem observar as extensas serras de Portugal e da Galiza e o amplo vale do Minho, cujo rio foi esculpindo e desenhando o relevo desta região de montanha.
De um pico de altitude de quase 1.200 metros, descemos até aos 950 metros onde podemos apreciar e repousar numa das três brandas de Parada do Monte. Ao falar de Mourim (B), como de outras brandas, trespassam-nos a memória os antepassados que se dedicaram à construção de pequenas casas de pedra que subsistem à intempérie dos Invernos rigorosos e refrescam a «alma» no Verão. Numa bela paisagem, rica de verde prazenteiro e águas cristalinas, as árvores constroem o requinte de um local bem arejado, onde respirar é simplesmente simples. Percorremos de seguida o caminho antigo que ligava Mourim à aldeia de Parada do Monte, no decurso do qual temos a possibilidade de atravessar um belíssimo bosquete de carvalho (C), de elevada beleza e valor natural, que nos convida a respirar fundo.
Depois da acentuada descida, atravessa-se um pequeno ribeiro e chega-se novamente ao estradão que nos conduzirá, por entre caminhos carregados de estórias, até à branda de Covelo (D) onde se pode apreciar, igualmente, uma paisagem de grande beleza e um conjunto de típicas edificações de montanha harmoniosamente enquadradas. Visitada esta pitoresca branda, o caminho conduz-nos de regresso ao ponto de partida (Branda da Aveleira).
Fauna: Dom-fafe (Pyrrhula pyrrhula) | Águia-cobreira (Circaetus gallicus) | Sardão (Lacerta lepida)
Flora: Bidoeiro (Betula alba) | carvalho negral (Ouercus pirenayca)
Ponto de partida: Aveleira 41°59’41.0″N 8°16’48.7″W
Ponto de chegada: Aveleira 41°59’41.0″N 8°16’48.7″W
Distância: 16,2 Km – Circular
Duração a pé: 06h00
Duração a cavalo: —
Duração de bicicleta: —
Dificuldade: IV – difícil
Altitude Máxima: 1166m
Altitude Mínima: 782m
Desnível positivo acumulado: 740m
O Trilho do Vale do Glaciar do Vez inicia na Branda da Aveleira, um «plateau» de montanha situado no extremo norte da serra da Peneda. O percurso inicia junto a um pequeno e aprazível lago e segue em direção à capela da Sra. da Guia.
Muitas ocorrências rochosas podem e devem ser entendidas como outros tantos documentos de uma história ainda mais antiga, processada ao longo de milhões e milhões de anos. Nelas reside a memória da Terra e da Vida e fazem parte do nosso Património Natural. Atualmente não existem glaciares em Portugal, mas é possível encontrar vestígios da sua presença. Nas serras do noroeste de Portugal são muito frequentes os vestígios glaciários, nomeadamente na Serra da Peneda, uma montanha de grande beleza, cuja altitude ronda os 1400 m, onde estão confirmadas marcas de grandes massas geladas resultantes da acumulação e compactação de espessas camadas de gelo. Na branda da Aveleira, do ponto de vista geológico, predominam os xistos. Porém, ao palmilhar o território são vários os vestígios de depósitos glaciários que se podem encontrar. Aqui são frequentes penedos aborregados (D), superfícies polidas e estriadas, moreias (C), depósitos do tipo “till” e blocos erráticos (B) de granito assentes no xisto. São vestígios que resultaram da última glaciação do Quaternário, a Glaciação de Wurm. Algum tempo depois do início da caminhada é atingido o ponto de confluência do Rio Aveleira com o Rio Vez.
A partir daqui pouco-a-pouco, entramos no vale por onde passou o antigo glaciar, há milhares de anos, formado por uma enorme massa de gelo, que por gravidade se deslocava lentamente, moldando a superfície da montanha, formando o característico vale em U (A).
Fauna: Águia-de-asa–redonda (Buteo buteo), Lobo Ibérico (Canis lupus signatus), Raposa (Vulpes vulpes)
Flora: Giesta-das-vassouras (Cytisus scoparius), Urze (Calluna vulgaris), Pilriteiro (Crataegus monogyna)
Ponto de partida: Aveleira 41°59’41.0″N 8°16’48.7″W
Ponto de chegada: Aveleira 41°59’41.0″N 8°16’48.7″W
Distância: 4,3 Km – Circular
Duração a pé: 01h45
Duração a cavalo: —
Duração de bicicleta: —
Dificuldade: III – algo fácil
Altitude Máxima: 1057m
Altitude Mínima: 918m
Desnível positivo acumulado: 202m
O Trilho da Branda da Aveleira localiza-se na Branda que lhe dá o nome, num «plateau» de montanha, no extremo norte da Serra da Peneda. O percurso inicia-se junto a um pequeno e aprazível lago.
O topónimo “Branda” deriva de “Veranda” que significa passar o Verão, portanto, é um local temporário de verão, cuja origem se insere num processo de transumância típica das sociedades agro-pastoris. Aqui, anualmente, desde o final da primavera até ao final do verão permaneciam os pastores (Brandeiros). Durante esta permanência, foram construindo pequenos abrigos denominados por “cardenhas”, onde pernoitavam; construções de granito muito rústicas, de sobrado e corte térrea, sendo o piso inferior destinado ao gado.
Segue-se por um caminho ladeado por muros de pedra solta, vulgarmente chamados de «canejas» (A), que delimitam as propriedades privadas. Numa destas propriedades de cerca de 2,5 hectares, fruto de um projeto inovador, ainda recente, a Quinta de Soalheiro, “primeira marca de vinho alvarinho de Melgaço”, plantou, às portas do Parque Nacional da Peneda-Gerês, a mais de 1.100 metros de altitude, a vinha de alvarinho a maior altitude de Portugal. O caminho florestal conduz-nos depois a um pinhal e, nas suas imediações, podemos encontrar a mamoa do Batateiro (B), um monumento megalítico de razoáveis dimensões, com significativos vestígios estruturais, no que concerne a câmara dolménica, constituída por sete esteios.
Na superfície interna do esteio da cabeceira detetam-se ténues vestígios de gravuras. Ao percorrer a extensa paisagem de montanha surge uma charca, onde inúmeros animais domésticos de raças autóctones acorrem para saciar a sede. Depois de uma pequena subida, inicia-se a descida até ao ponto de partida, atravessando a Branda.
Fauna: Lobo Ibérico (Canis Lupus Signatus), Javali (Sus scrofa), Raposa (Vulpes vulpes)
Flora: Tojo molar (Ulex minor), Piorno (Genista florida), Erva-das-sete-sangrias (Glandora prostrata)
Ponto de partida: Aveleira 41°59’41.0″N 8°16’48.7″W
Ponto de chegada: Aveleira 41°59’41.0″N 8°16’48.7″W
Distância: 6,1 Km – Circular
Duração a pé: 02h45
Duração a cavalo: 00h30
Duração de bicicleta: 00h45
Dificuldade: II – fácil
Altitude Máxima: 1172m
Altitude Mínima: 986m
Desnível positivo acumulado: 215m
Este é o único percurso que, pela sua localização, não tem trilho de ligação à rede, sendo necessário deslocar-se por estrada até ao ponto de partida.
Assim, partindo da vila de Castro Laboreiro, segue-se a sinalética existente em direção ao Ribeiro de Cima até ao lugar de Pousios. Do lado direito da estrada, encontra-se uma antiga casa de guarda-florestal e do lado esquerdo desta, por uma calçada (A), tem inicio o percurso. Sobe-se, gradualmente, até aos “currais” – Branda de gado conhecida por Curro da Velha (B).
Destas pastagens de montanha até a pequena chã (Chão da Roca) sobressaem paisagens selvagens entre os tons de verde da vegetação e o cinzento do granito. Por entre o giestal continua-se por um trilho aberto pela passagem do gado, que dá lugar a um caminho lajeado. Neste troço do itinerário, que segue a linha de água, deve ter-se bastante cuidado devido ao seu acentuado declive. Poucos metros abaixo o caminho leva ao lugar do Ribeiro de Baixo, lugar incrustado no fundo do vale do rio Laboreiro (D), onde a paisagem se assemelha a ambientes alpinos. A oportunidade de apreciar uma paisagem marcada pelos socalcos é única. São estruturas que contrariam a natureza dos declives e permitem ao homem desenvolver as atividades agrícolas nos locais mais inóspitos. A valorização e preservação destas paisagens é essencial para a prevenção de riscos naturais.
Segue-se para montante do rio, por um fresco caminho que conduzirá ao típico lugar castrejo de Pousios. Vislumbram-se lameiros e prados de feno (C) que entre os meses de maio e junho atingem todo o seu esplendor, e o multicolorido evidencia a diversidade florística que os constitui. Num curto espaço de tempo, encontra-se novamente a antiga casa florestal, onde teve início este belo percurso por terras castrejas.
Fauna: Víbora seoane (vipera seoanei), Lagartixa-do-mato (Psammodromus algirus), Coruja-do-mato (Strix aluco)
Flora: Tormentelo (Thymus caespititius), Carqueja (Pterospartum tridentatum), Açucena-portuguesa Paradisea lusitânica
Ponto de partida: Pousios – Castro Laboreiro 41°57’51.5″N 8°11’00.2″W
Ponto de chegada: Pousios – Castro Laboreiro 41°57’51.5″N 8°11’00.2″W
Distância: 7,3 Km – Circular
Duração a pé: 04h30
Duração a cavalo: —
Duração de bicicleta: —
Dificuldade: V – muito difícil
Altitude Máxima: 1007m
Altitude Mínima: 575m
Desnível positivo acumulado: 522m
O Rio é o tema central deste percurso pedestre que, iniciando na Vila, junto à Alameda Inês Negra, se desenvolve em direção ao Centro de Estágios e ao Rio, percorrendo uma zona inserida na Rede Natura, até terminar, junto às Termas do Peso.
Entidade promotora: Município de Melgaço
Tipo de percurso: Pequena Rota (PR)
Localização: Vila, Prado, Remoães e Paderne
Âmbito do percurso: Paisagístico
Distância percorrida: 5,7 km
Duração do percurso: 1h30
Grau de dificuldade: Baixo
Cota mínima/máxima: 53/177